29 de mai. de 2011

Integração e Globalização Social

Penso que os sonhos nada mais são que uma forma mais complexa de pensar, de refletir, sobre coisas que acontecem na nossa vida. O sonhar é uma união entre o que fazemos e o que pensamos em fazer, só que transformados em imagens. As vezes tais imagens são assustadores, outras vezes benevolentes. Algumas vezes são abstratas, outras vezes tão reais que entendo o do porquê de tantos povos antigos acreditarem que sonhos são previdências do futuro – isso é redundante? -, como foi meu sonho de hoje. Motivador do post de hoje. Tão real quanto.

Eu estavam em meio, ou assistindo ou fazendo a gravação – infelizmente minha mente não me dá detalhes importantes, ou ela desconsidera esses detalhes como importantes – de uma reportagem onde um nadador famoso havia salvo um pequeno bebê. De repente, a reportagem se tornavan um daqueles programas de discussão. Uma criança se levanta. Tinha talvez onze ou doze anos. Ela se levanta e, eloquente, fala como essas formas de ajudar pessoas que nunca vimos na vida estavam transformando o mundo. Em seguida, mais eloquente ainda, o nadador respondia quase em tom acadêmico que o mundo já estava mudando, estava buscando essa “integração em prol da sociedade; das pessoas”. E sim, são palavras dele, ele falava bem, apesar que fazia parte do meu sonho, vinha da minha mente, ou seja, eu falava bem – ou não? – e então roubei as palavras. Roubei a palavras e elas me roubaram. A mente roubada começou a repensar sobre o significado das palavras. A conclusão foi quase mística.

Comecei a pensar em como a sociedade de hoje é individualista, mesmo em pequenos países onde se diz ter passado por uma revolução socialista – que se mostrou apenas uma troca de poderes – e relacionei isso com a famosa profecia Maia que, por sua vez, relaciona 2012 como um ano onde vai ocorrer uma drástica mudança no mundo.

Talvez a drástica mudança esteja nesse processo de transformação, na integração entre toda a sociedade. Quem sabe algo apenas continental ou até mesmo global, mas em função de objetivos em comum. A abertura para tal processo já possuímos: a globalização comercial interliga todos os países do mundo.

O comércio acaba por consequência fazendo com que os países troquem bem mais que investimentos ou produtos, se troca cultura, informação, tecnologia e até mesmo arte. Porém, apesar da Globalização Comercial ser bem sucedida num aspecto mundial, a globalização do conhecimento não é tanto – nem todos os países possuem tecnologia suficiente no setor da troca de informações para toda a população ou até mesmo para a maioria -, por mais estranho que possa parecer aos nossos olhares, tão acostumados com Internet e computadores por todos os cantos.

Menos desenvolvida ainda fica a Globalização Social, que seria a integração de toda a sociedade do mundo em prol do bem-estar do planeta – seja na sentido de humanidade, eco-sistema ou uma união de ambos.

Não sou fã de astrologia. Na maior parte dos horóscopos, dizem que meu signo é meio afrescalhado, sensível demais, quase um insulto. Mas, quem sabe, os Maias não tenham acertado mais uma? Talvez a mudança drástica do mundo chege de fato, trazendo consigo uma união. Uma união mental, cultural, artística. Mesmo que não seja tão global quanto suponho, ou o nadador supunha, ou eu mesmo interpretando mal suas palavras – mas não eram minhas mesmo? Isso é confuso... -, se cidades tivessem essa consciência unificada das necessidades das comunidades já seria um grande avanço. Imagine uma única cidade onde todas as pessoas deixassem de querer depender da prefeitura, do governo. Onde cada um se esforçava para fazer parte de um todo. E um todo queria cuidar de cada um. Seria utópico. Parece quase como o socialismo utópico. A diferença é que não mudaria nada do governo e seus sistemas, nem inventaria de dizer que tudo é todo mundo. Continuaríamos donos do nosso próprio nariz, continuaríamos donos de nosso voto – por mais que boa parte dos brasileiros não queiram isso desde que ganharam, ou melhor, foram obrigados a ganhar -, porém iríamos deixar de depender de coisas do céu, de Lulas voadoras ou Tucanos benevolentes. Iríamos parar de PENSAR em nós mesmos e AGIR por nós mesmos. Quem sabe o que poderia vir dessa brincadeira?

Quem sabe após curar a ferida da humanidade, dessa falha em integração – dificultada pela xenofobia cultural, por interesses comerciais, falta de iniciativas, arrogância de governantes e tantos outros conflitos – a humanidade esteja enfim pronta para curar as feridas do planeta antes que seja tarde demais.

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